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O Velho Oeste
Quais foram as tribos mais poderosas dos EUA?
Quais foram as tribos mais poderosas dos EUA?
Ao longo da história americana, sobretudo no século 19, à época do Velho Oeste, os valentes povos sioux e apache se destacaram pela resistência à invasão dos europeus. Porém, é praticamente impossível estabelecer, de fato, quais tribos foram “as” mais importantes.
Cheyennes, apaches, navajos, comanches, blackfeet e sioux eram algumas das principais nações indígenas nos Estados Unidos nos tempos do Velho Oeste, no século 19.
Todas viviam na região conhecida como Grandes Planícies da América do Norte, uma vasta área que se estende do rio Mississípi em direção ao oeste do continente. “Os povos das planícies são designados de acordo com os idiomas que falavam. Uma linguagem de sinais fornecia formas práticas, mas limitadas, de comunicação entre tribos de idiomas diferentes”, diz a antropóloga americana Regina Flannery-Herzfeld, da Universidade Católica da América, em Washington.
Com a chegada do homem branco, os índios das planícies começaram a adquirir artigos como armas de fogo e tecidos, o que levou ao declínio das tradições e culturas nativas. Quando viviam isolados da civilização, as tribos tinham como único bicho doméstico o cão, que servia principalmente como animal de carga, puxando uma espécie de trenó de madeira.
Os cavalos só se espalharam entre os índios americanos após contatos com os primeiros colonizadores espanhóis, ainda no século 16. A maior parte das nações era nômade, vivendo em acampamentos temporários e se deslocando à procura de alimento. Tais grupos tinham como uma de suas principais atividades a caça de grandes animais, como antílopes, alces e, em especial, búfalos.
“Na segunda metade do século 19, tribos que antes eram hostis entre si se uniram contra os forasteiros brancos. Às vezes, os índios eram bem-sucedidos em ataques, mas no final foram aniquilados e transferidos para reservas”, afirma Regina.
“Dentre centenas de tribos que habitavam a América do Norte na época da colonização, listar apenas algumas sempre gera discordâncias”, explica Colin Calloway, historiador especialista em nativos americanos do Darthmouth College, nos EUA.
Mesmo fazendo a ressalva, o estudioso nos ajudou a montar uma linha de frente com os povos que deixaram sua marca nos EUA, enquanto sua terra natal ia sendo violentamente demarcada – atualmente, essas tribos vivem em reservas que nem de longe correspondem ao território que ocupavam originalmente.
APACHE
Ao lado dos sioux, os apaches foram os que resistiram à dominação dos colonizadores por mais tempo. Dividiam-se em várias tribos pequenas e nômades, não passando muito tempo no mesmo local. Só se renderam mesmo quando 5 mil soldados dos EUA cercaram o grupo de 50 guerreiros comandados por Gerônimo
Muito hábeis no uso de cavalos, os apaches se dividiam em bandos autônomos que viviam perto da fronteira com o México. Mesmo sem possuir uma organização centralizada, tiveram grandes chefes, como Cochise e Geronimo, que os levaram a travar guerras sangrentas contra espanhóis, mexicanos e americanos após o fracasso de acordos de paz. Inferiorizados militarmente, foram derrotados de uma vez por todas em 1886 e levados como prisioneiros para a Flórida e outros estados americanos
COMANCHE
Os corajosos caçadores de búfalos não combateram apenas os EUA, chegando a travar brigas feias com espanhóis e com os apaches. Adquiriram cavalos dos desafetos espanhóis e desenvolveram técnicas de combate a galope para atacar os inimigos
Nômades no século 19, os comanches promoviam temíveis ataques surpresa e ocuparam terras de outras tribos, como os apaches, no sul dos Estados Unidos. Era uma nação poderosa, que dependia muito da caçada de búfalos, animal que fornecia à tribo alimento e matéria-prima para roupas e utensílios. Foram uma das primeiras nações a adotar o cavalo, após contatos com espanhóis. Os comanches firmaram vários acordos de paz com o governo americano, que jamais impediu que os territórios da tribo fossem invadidos
CREEK
Foi a primeira tribo “civilizada” pelos esforços de George Washington – primeiro presidente dos EUA. Os creeks mantinham comércio intenso com os britânicos e travaram longas guerras para proteger o território contra os invasores
NAVAJO
Exímios caçadores, também combateram os invasores espanhóis e americanos com arcos e flechas. Com 220 mil integrantes, os navajos são hoje a segunda nação indígena mais populosa dos EUA, controlando a maior reserva do país, com o tamanho da Irlanda
O mais populoso grupo de índios dos Estados Unidos vivia na região do Novo México (sul do país) e falava um idioma parecido com o de seus “primos” apaches. Tinham uma religião complexa, que incluía cerimônias com a criação de grandes pinturas no chão, feitas com flores e areia colorida. Os navajos eram menos agressivos, mas foram considerados perigosos o bastante para justificar o envio de uma expedição militar contra eles em 1863. Cerca de 8 mil índios foram presos e assim permaneceram até 1868
PUEBLO
O povo pueblo era bastante hábil no uso do barro, utilizado na construção de vasos e habitações. Suportaram a colonização de espanhóis, mexicanos e americanos, sendo uma das poucas tribos que continuam ocupando as áreas povoadas originalmente
CHEROKEE
Maior população indígena dos EUA hoje, com quase 310 mil membros, a nação cherokee acabou incorporando muitos costumes dos colonizadores europeus. Por causa disso, eram conhecidos à época como uma das “Cinco Tribos Civilizadas”
IROQUOIS
Formavam uma confederação de seis nações indígenas, vivendo democraticamente sob um mesmo governo. Mais tarde, Benjamin Franklin se inspirou no modelo da nação iroquois para elaborar a Constituição dos EUA
CHOCTAW
Também fazia parte das “Cinco Tribos Civilizadas”, ao lado de cherokees e creeks, citados em nossa lista, e dos povos chickasaw e seminole. Tiveram suas terras desapropriadas para o cultivo de algodão e para habitação dos escravos empregados na lavoura
SIOUX
Formada por índios dakotas, entre outros povos, a grande nação sioux – que significa homens-búfalo – foi a mais aguerrida na defesa de seu território. Como na famosa batalha de Little Bighorn, em 1876, quando, sob o comando do chefe Touro Sentado, liquidaram a 7ª Cavalaria do general Custer
Também chamados de dakotas, espalhavam-se pelos estados de Dakota do Norte e do Sul, no centro-norte dos Estados Unidos. Eram os mais agressivos contra os brancos e tinham cerimônias que incluíam rituais de tortura como prova de bravura. Num desses rituais, mostrado no filme Um Homem Chamado Cavalo (1970), o índio tinha a pele atravessada por pinos de madeira presos a cordas, que eram estendidas para erguer o corpo até gerar dilacerações. Os sioux resistiram aos brancos até 1890, quando foram massacrados.
BLACKFOOT
Os mocassins com sola preta que calçavam lhes renderam o apelido de blackfeet – “pés pretos”, em inglês. Se valiam de uma agressiva cavalaria, equipada com armas de fogo, para dominar tribos vizinhas e tocar o terror contra os invasores de pele branca
Com muitas armas de fogo e cavalos, os “pés-negros” habitavam o centro-norte dos Estados Unidos e possuíam uma das mais poderosas forças guerreiras do Velho Oeste. Eram famosos por arrancar os escalpos dos inimigos vencidos, fossem eles soldados americanos ou índios rivais. Ainda no início do século 19, boa parte da nação morreu de fome após o extermínio das manadas de búfalos de seus territórios. A partir daí, os blackfeet se concentraram na agricultura e na criação de gado, passando por um processo de mistura progressiva com outras tribos
CHIPPEWA
Viver à beira dos Grandes Lagos especializou a tribo na pescaria, mas não diminuiu seu poder de fogo. Lutaram ao lado de franceses contra outros indígenas e deram uma força aos ingleses que batalhavam contra a ex-colônia que já se chamava Estados Unidos
MANDAN
Mais pacíficos, se dedicavam à agricultura. Não à toa, suas vilas tornaram-se grandes centros para comércio de artigos hortifrútis. Como várias tribos, sofreram com epidemias de varíola que dizimaram grande parte da população no século 19
CHEYENNES
Viviam na região do estado de Montana, no norte dos Estados Unidos. Nômades, montavam aldeias temporárias com cabanas cônicas, conhecidas como tepees. Por mais de 20 anos os cheyennes se envolveram em uma série de ataques aos brancos, além de se unirem a outras tribos contra a presença de colonos em seu território. Em 1876, os cheyennes se aliaram aos antigos inimigos sioux para aniquilar a Sétima Cavalaria, famosa tropa do Exército americano comandada pelo “general” Custer
Ao longo da história americana, sobretudo no século 19, à época do Velho Oeste, os valentes povos sioux e apache se destacaram pela resistência à invasão dos europeus. Porém, é praticamente impossível estabelecer, de fato, quais tribos foram “as” mais importantes.
Cheyennes, apaches, navajos, comanches, blackfeet e sioux eram algumas das principais nações indígenas nos Estados Unidos nos tempos do Velho Oeste, no século 19.
Todas viviam na região conhecida como Grandes Planícies da América do Norte, uma vasta área que se estende do rio Mississípi em direção ao oeste do continente. “Os povos das planícies são designados de acordo com os idiomas que falavam. Uma linguagem de sinais fornecia formas práticas, mas limitadas, de comunicação entre tribos de idiomas diferentes”, diz a antropóloga americana Regina Flannery-Herzfeld, da Universidade Católica da América, em Washington.
Com a chegada do homem branco, os índios das planícies começaram a adquirir artigos como armas de fogo e tecidos, o que levou ao declínio das tradições e culturas nativas. Quando viviam isolados da civilização, as tribos tinham como único bicho doméstico o cão, que servia principalmente como animal de carga, puxando uma espécie de trenó de madeira.
Os cavalos só se espalharam entre os índios americanos após contatos com os primeiros colonizadores espanhóis, ainda no século 16. A maior parte das nações era nômade, vivendo em acampamentos temporários e se deslocando à procura de alimento. Tais grupos tinham como uma de suas principais atividades a caça de grandes animais, como antílopes, alces e, em especial, búfalos.
“Na segunda metade do século 19, tribos que antes eram hostis entre si se uniram contra os forasteiros brancos. Às vezes, os índios eram bem-sucedidos em ataques, mas no final foram aniquilados e transferidos para reservas”, afirma Regina.
“Dentre centenas de tribos que habitavam a América do Norte na época da colonização, listar apenas algumas sempre gera discordâncias”, explica Colin Calloway, historiador especialista em nativos americanos do Darthmouth College, nos EUA.
Mesmo fazendo a ressalva, o estudioso nos ajudou a montar uma linha de frente com os povos que deixaram sua marca nos EUA, enquanto sua terra natal ia sendo violentamente demarcada – atualmente, essas tribos vivem em reservas que nem de longe correspondem ao território que ocupavam originalmente.
APACHE
Ao lado dos sioux, os apaches foram os que resistiram à dominação dos colonizadores por mais tempo. Dividiam-se em várias tribos pequenas e nômades, não passando muito tempo no mesmo local. Só se renderam mesmo quando 5 mil soldados dos EUA cercaram o grupo de 50 guerreiros comandados por Gerônimo
Muito hábeis no uso de cavalos, os apaches se dividiam em bandos autônomos que viviam perto da fronteira com o México. Mesmo sem possuir uma organização centralizada, tiveram grandes chefes, como Cochise e Geronimo, que os levaram a travar guerras sangrentas contra espanhóis, mexicanos e americanos após o fracasso de acordos de paz. Inferiorizados militarmente, foram derrotados de uma vez por todas em 1886 e levados como prisioneiros para a Flórida e outros estados americanos
COMANCHE
Os corajosos caçadores de búfalos não combateram apenas os EUA, chegando a travar brigas feias com espanhóis e com os apaches. Adquiriram cavalos dos desafetos espanhóis e desenvolveram técnicas de combate a galope para atacar os inimigos
Nômades no século 19, os comanches promoviam temíveis ataques surpresa e ocuparam terras de outras tribos, como os apaches, no sul dos Estados Unidos. Era uma nação poderosa, que dependia muito da caçada de búfalos, animal que fornecia à tribo alimento e matéria-prima para roupas e utensílios. Foram uma das primeiras nações a adotar o cavalo, após contatos com espanhóis. Os comanches firmaram vários acordos de paz com o governo americano, que jamais impediu que os territórios da tribo fossem invadidos
CREEK
Foi a primeira tribo “civilizada” pelos esforços de George Washington – primeiro presidente dos EUA. Os creeks mantinham comércio intenso com os britânicos e travaram longas guerras para proteger o território contra os invasores
NAVAJO
Exímios caçadores, também combateram os invasores espanhóis e americanos com arcos e flechas. Com 220 mil integrantes, os navajos são hoje a segunda nação indígena mais populosa dos EUA, controlando a maior reserva do país, com o tamanho da Irlanda
O mais populoso grupo de índios dos Estados Unidos vivia na região do Novo México (sul do país) e falava um idioma parecido com o de seus “primos” apaches. Tinham uma religião complexa, que incluía cerimônias com a criação de grandes pinturas no chão, feitas com flores e areia colorida. Os navajos eram menos agressivos, mas foram considerados perigosos o bastante para justificar o envio de uma expedição militar contra eles em 1863. Cerca de 8 mil índios foram presos e assim permaneceram até 1868
PUEBLO
O povo pueblo era bastante hábil no uso do barro, utilizado na construção de vasos e habitações. Suportaram a colonização de espanhóis, mexicanos e americanos, sendo uma das poucas tribos que continuam ocupando as áreas povoadas originalmente
CHEROKEE
Maior população indígena dos EUA hoje, com quase 310 mil membros, a nação cherokee acabou incorporando muitos costumes dos colonizadores europeus. Por causa disso, eram conhecidos à época como uma das “Cinco Tribos Civilizadas”
IROQUOIS
Formavam uma confederação de seis nações indígenas, vivendo democraticamente sob um mesmo governo. Mais tarde, Benjamin Franklin se inspirou no modelo da nação iroquois para elaborar a Constituição dos EUA
CHOCTAW
Também fazia parte das “Cinco Tribos Civilizadas”, ao lado de cherokees e creeks, citados em nossa lista, e dos povos chickasaw e seminole. Tiveram suas terras desapropriadas para o cultivo de algodão e para habitação dos escravos empregados na lavoura
SIOUX
Formada por índios dakotas, entre outros povos, a grande nação sioux – que significa homens-búfalo – foi a mais aguerrida na defesa de seu território. Como na famosa batalha de Little Bighorn, em 1876, quando, sob o comando do chefe Touro Sentado, liquidaram a 7ª Cavalaria do general Custer
Também chamados de dakotas, espalhavam-se pelos estados de Dakota do Norte e do Sul, no centro-norte dos Estados Unidos. Eram os mais agressivos contra os brancos e tinham cerimônias que incluíam rituais de tortura como prova de bravura. Num desses rituais, mostrado no filme Um Homem Chamado Cavalo (1970), o índio tinha a pele atravessada por pinos de madeira presos a cordas, que eram estendidas para erguer o corpo até gerar dilacerações. Os sioux resistiram aos brancos até 1890, quando foram massacrados.
BLACKFOOT
Os mocassins com sola preta que calçavam lhes renderam o apelido de blackfeet – “pés pretos”, em inglês. Se valiam de uma agressiva cavalaria, equipada com armas de fogo, para dominar tribos vizinhas e tocar o terror contra os invasores de pele branca
Com muitas armas de fogo e cavalos, os “pés-negros” habitavam o centro-norte dos Estados Unidos e possuíam uma das mais poderosas forças guerreiras do Velho Oeste. Eram famosos por arrancar os escalpos dos inimigos vencidos, fossem eles soldados americanos ou índios rivais. Ainda no início do século 19, boa parte da nação morreu de fome após o extermínio das manadas de búfalos de seus territórios. A partir daí, os blackfeet se concentraram na agricultura e na criação de gado, passando por um processo de mistura progressiva com outras tribos
CHIPPEWA
Viver à beira dos Grandes Lagos especializou a tribo na pescaria, mas não diminuiu seu poder de fogo. Lutaram ao lado de franceses contra outros indígenas e deram uma força aos ingleses que batalhavam contra a ex-colônia que já se chamava Estados Unidos
MANDAN
Mais pacíficos, se dedicavam à agricultura. Não à toa, suas vilas tornaram-se grandes centros para comércio de artigos hortifrútis. Como várias tribos, sofreram com epidemias de varíola que dizimaram grande parte da população no século 19
CHEYENNES
Viviam na região do estado de Montana, no norte dos Estados Unidos. Nômades, montavam aldeias temporárias com cabanas cônicas, conhecidas como tepees. Por mais de 20 anos os cheyennes se envolveram em uma série de ataques aos brancos, além de se unirem a outras tribos contra a presença de colonos em seu território. Em 1876, os cheyennes se aliaram aos antigos inimigos sioux para aniquilar a Sétima Cavalaria, famosa tropa do Exército americano comandada pelo “general” Custer
Qual foi a maior batalha entre índios e o Exército americano
Qual foi a maior batalha entre índios e o Exército americano no Velho Oeste?
Existem controvérsias, mas uma das maiores – e certamente a mais famosa – foi a batalha de Little Big Horn (“Pequeno Grande Chifre”), travada em 1876 na região onde hoje fica o estado de Montana, nos Estados Unidos.
No conflito, morreram cerca de 40 índios e 240 soldados americanos, entre eles o famoso tenente-coronel George Armstrong Custer – a patente de general, com a qual Custer ficaria conhecido, era apenas temporária e só durou até o fim da Guerra Civil Americana (1861-1865).
As disputas entre nativos e brancos explodiram no início do século 19, com a expansão colonial em direção ao chamado Oeste Longínquo, ou Far West, em inglês.
Nessa época, missionários, caçadores de peles, agricultores e militares se aventuraram pela região, invadindo terras que originalmente pertenciam aos índios.
“Essas invasões, combinadas com o avanço das ferrovias pelas áreas das tribos e com a eliminação das manadas de búfalos que garantiam a sobrevivência dos nativos, causaram um enorme levante das tribos sioux e cheyenne, que se juntaram para formar a maior força de guerreiros do continente”, afirma o historiador britânico John MacDonald, autor do livro Great Battlefields of the World (“Grandes Campos de Batalha do Mundo”).
Com a descoberta de ouro na Califórnia, em 1848, uma nova onda de colonos migrou para o oeste, aumentando o número de conflitos. Pressionado, o governo americano decidiu confinar as maiores tribos em reservas e mandar tropas do Exército para obrigá-las a permanecer por lá. Uma dessas unidades era a Sétima Cavalaria, que tinha uma coluna comandada pelo “general” Custer.
No dia 25 de junho de 1876, o oficial e seus homens encontraram perto do rio Little Big Horn um grande acampamento indígena, liderado pelos chefes Touro Sentado e Cavalo Louco. Subestimando o número de inimigos, Custer ordenou o ataque.
Mais numerosos e bem armados, os nativos aniquilaram os soldados. O morticínio, claro, enfureceu o governo, que enviou mais tropas para a região, obrigando as nações indígenas a se renderem. Todas elas desapareceram ou perderam sua riqueza cultural original
União mortal Bem armadas, as tribos cheyenne e sioux se juntaram para arrasar a Sétima Cavalaria
Em 25 de junho de 1876, cerca de 240 soldados de uma coluna da Sétima Cavalaria, tropa do Exército americano comandada pelo “general” Custer, avançaram contra as tribos cheyenne e sioux no vale do riacho Little Big Horn, no território atual de Montana, nos Estados Unidos. A batalha, que ganhou o nome do rio, é considerada o mais famoso confronto do Velho Oeste
1. Após dividir suas tropas para atacar os índios por várias direções, Custer chega a uma ribanceira, de onde avista uma grande aldeia no vale de Little Big Horn. Pedindo reforços e mais munição, ele envia um mensageiro até um destacamento próximo e prepara uma ofensiva para pegar os nativos de surpresa
2. O ataque começa quando uma patrulha da Cavalaria se aproxima da aldeia, desce dos cavalos e atira contra os índios, que reagem prontamente. Além de flechas, machadinhas e outras armas tradicionais, as tribos revidam com rifles de repetição, adquiridos em trocas com negociantes americanos. Essas armas eram mais eficientes que as carabinas usadas pelo Exército
3. Depois da investida da patrulha, a força principal decide atacar. À frente do batalhão, Custer lidera a descida de mais de 200 homens ribanceira abaixo. A ofensiva, entretanto, é bloqueada por cerca de 1 500 índios. Já em campo aberto, os soldados sofrem um contra-ataque violento e são obrigados a recuar
4. Menos numerosos que os índios, os soldados tentam fugir até uma colina próxima e formam um círculo defensivo alguns matam seus próprios cavalos para usar as carcaças como proteção. Sob o comando do chefe Cavalo Louco, da tribo cheyenne, mais de mil índios avançam contra a Cavalaria
5. Com rapidez, os índios sobem a colina pelo lado oposto, cercando a Cavalaria pelos lados e pela retaguarda. Em menos de meia hora, todos os soldados são mortos. Depois da vitória, as tribos promovem um ritual de vingança, mutilando dezenas de cadáveres. O corpo de Custer, curiosamente, não foi tocado: em vez da farda, ele usava roupas civis na batalha e provavelmente não foi reconhecido
Existem controvérsias, mas uma das maiores – e certamente a mais famosa – foi a batalha de Little Big Horn (“Pequeno Grande Chifre”), travada em 1876 na região onde hoje fica o estado de Montana, nos Estados Unidos.
No conflito, morreram cerca de 40 índios e 240 soldados americanos, entre eles o famoso tenente-coronel George Armstrong Custer – a patente de general, com a qual Custer ficaria conhecido, era apenas temporária e só durou até o fim da Guerra Civil Americana (1861-1865).
As disputas entre nativos e brancos explodiram no início do século 19, com a expansão colonial em direção ao chamado Oeste Longínquo, ou Far West, em inglês.
Nessa época, missionários, caçadores de peles, agricultores e militares se aventuraram pela região, invadindo terras que originalmente pertenciam aos índios.
“Essas invasões, combinadas com o avanço das ferrovias pelas áreas das tribos e com a eliminação das manadas de búfalos que garantiam a sobrevivência dos nativos, causaram um enorme levante das tribos sioux e cheyenne, que se juntaram para formar a maior força de guerreiros do continente”, afirma o historiador britânico John MacDonald, autor do livro Great Battlefields of the World (“Grandes Campos de Batalha do Mundo”).
Com a descoberta de ouro na Califórnia, em 1848, uma nova onda de colonos migrou para o oeste, aumentando o número de conflitos. Pressionado, o governo americano decidiu confinar as maiores tribos em reservas e mandar tropas do Exército para obrigá-las a permanecer por lá. Uma dessas unidades era a Sétima Cavalaria, que tinha uma coluna comandada pelo “general” Custer.
No dia 25 de junho de 1876, o oficial e seus homens encontraram perto do rio Little Big Horn um grande acampamento indígena, liderado pelos chefes Touro Sentado e Cavalo Louco. Subestimando o número de inimigos, Custer ordenou o ataque.
Mais numerosos e bem armados, os nativos aniquilaram os soldados. O morticínio, claro, enfureceu o governo, que enviou mais tropas para a região, obrigando as nações indígenas a se renderem. Todas elas desapareceram ou perderam sua riqueza cultural original
União mortal Bem armadas, as tribos cheyenne e sioux se juntaram para arrasar a Sétima Cavalaria
Em 25 de junho de 1876, cerca de 240 soldados de uma coluna da Sétima Cavalaria, tropa do Exército americano comandada pelo “general” Custer, avançaram contra as tribos cheyenne e sioux no vale do riacho Little Big Horn, no território atual de Montana, nos Estados Unidos. A batalha, que ganhou o nome do rio, é considerada o mais famoso confronto do Velho Oeste
1. Após dividir suas tropas para atacar os índios por várias direções, Custer chega a uma ribanceira, de onde avista uma grande aldeia no vale de Little Big Horn. Pedindo reforços e mais munição, ele envia um mensageiro até um destacamento próximo e prepara uma ofensiva para pegar os nativos de surpresa
2. O ataque começa quando uma patrulha da Cavalaria se aproxima da aldeia, desce dos cavalos e atira contra os índios, que reagem prontamente. Além de flechas, machadinhas e outras armas tradicionais, as tribos revidam com rifles de repetição, adquiridos em trocas com negociantes americanos. Essas armas eram mais eficientes que as carabinas usadas pelo Exército
3. Depois da investida da patrulha, a força principal decide atacar. À frente do batalhão, Custer lidera a descida de mais de 200 homens ribanceira abaixo. A ofensiva, entretanto, é bloqueada por cerca de 1 500 índios. Já em campo aberto, os soldados sofrem um contra-ataque violento e são obrigados a recuar
4. Menos numerosos que os índios, os soldados tentam fugir até uma colina próxima e formam um círculo defensivo alguns matam seus próprios cavalos para usar as carcaças como proteção. Sob o comando do chefe Cavalo Louco, da tribo cheyenne, mais de mil índios avançam contra a Cavalaria
5. Com rapidez, os índios sobem a colina pelo lado oposto, cercando a Cavalaria pelos lados e pela retaguarda. Em menos de meia hora, todos os soldados são mortos. Depois da vitória, as tribos promovem um ritual de vingança, mutilando dezenas de cadáveres. O corpo de Custer, curiosamente, não foi tocado: em vez da farda, ele usava roupas civis na batalha e provavelmente não foi reconhecido
Como era a vida no Velho Oeste?
Como era a vida no Velho Oeste?
Era muito mais tranqüila do que mostram os filmes sobre a época. Entre 1850 e 1890, essa região dos Estados Unidos era cheia de pequenas cidades, em geral pacíficos centros de comércio com lojas para abastecer rancheiros e agricultores.
Os saloons, os bares da época, ofereciam bebidas, jogo (dados ou pôquer), mulheres e divertimento. Uma cidade podia ter vários bares, competindo pela freguesia com ofertas de charutos e refeições grátis. Boa parte dos famosos duelos vistos nos filmes ocorria exatamente nos saloons do Velho Oeste, mas eram muito mais raros do que a gente (e Hollywood!) imagina.
Para se ter uma idéia, o ano recordista em duelos foi 1878, quando só no Texas e no Kansas aconteceram 36 confrontos, causando cerca de 50 mortes. Para comparar, apenas no segundo trimestre de 2004 foram assassinadas mais de 2 300 pessoas no estado de São Paulo! “Havia cidades com atividades ligadas a gado e ferrovias que já tinham uma história de violência e atraíam jogadores, vaqueiros, prostitutas, trapaceiros e aventureiros em geral, numa mistura volátil. Mas eram exceção. Apesar disso, chamaram a atenção da mídia e foram glamourizadas”, diz o historiador americano Rick Miller, autor de quatro livros sobre o assunto.
Outra idéia hollywoodiana equivocada é a de pistoleiros se enfrentando em hora e local marcados. Os raros duelos que ocorriam eram no calor de uma discussão e envolviam rivais muito próximos uns dos outros. “O uso de facas era tão comum quanto o de revólveres. E, quando dois pistoleiros se enfrentavam, não importava tanto qual era o mais rápido e sim quem tinha melhor pontaria”, afirma Miller.
Winchester 73
A arma preferida do Velho Oeste era o revólver Colt 45, que tinha o apelido irônico de Peacemaker (“Fazedor da Paz”). Mas, para atingir alvos distantes, usavam-se os rifles de repetição. O mais famoso era o Winchester New Model of 1873, ou Winchester 73 que até virou nome de filme de faroeste. Esse rifle era eficiente até uma distância de 150 metros
Por um punhado de dólares
Como o popular Colt 45 não tinha trava de segurança para evitar disparos acidentais, os pistoleiros inventaram algo curioso. Eles deixavam uma das seis câmaras do tambor da arma sem bala, justamente para evitar acidentes, e ainda enfiavam nela uma nota de 5 dólares enrolada. A nota podia ser usada para pagar o funeral em caso de derrota no duelo…
Matar ou morrer
Acionar o famoso Colt 45 exigia uma técnica especial. Antes de apertar o gatilho, era preciso engatilhar a arma, puxando para trás o “cão” pequena peça acima da coronha. Para ganhar agilidade na hora do duelo de vida ou morte, alguns pistoleiros atiravam acionando direto o cão da arma em vez do gatilho, como aparece em alguns filmes
Os brutos também amam
Os poucos duelos ocorriam em geral por três motivos: mulheres, dívidas ou trapaças no jogo e quase sempre eram estimulados por bebedeiras. Na morte de John Hardin, o motivo do duelo teria sido a discussão por uma mulher. O tiroteio foi num saloon, bar que reunia prostitutas, rodas de pôquer e bebidas enfim, cenário perfeito para duelos
O homem que matou a fancínola
O “último pistoleiro do Oeste” foi morto pelo policial John Selman. O duelo ocorreu em 1895, época em que muitas cidades já tinham forças policiais, diminuindo a importância dos xerifes. Estes viveram seu auge até meados do século 19, quando usavam realmente distintivos em forma de estrela, cuidavam da cadeia local e ainda organizavam julgamentos
O último pistoleiro
Chamado de “o último pistoleiro”, John Wesley Hardin era um matador de pontaria certeira. Ele ficou preso entre 1878 e 1894, tentou se “endireitar”, mas teve uma recaída. Em agosto de 1895, em El Paso, no Texas, após discutir com o policial John Selman, ambos teriam sacado as armas e trocado tiros. O pistoleiro teria morrido atingido na cabeça
Onde começa o inferno
O chamado Velho Oeste era uma ampla área que ficava à esquerda do rio Mississipi e hoje se divide em 22 estados. Texas, Kansas, Novo México, Oklahoma, Califórnia Missouri e Colorado eram os estados onde corriam mais duelos
Era muito mais tranqüila do que mostram os filmes sobre a época. Entre 1850 e 1890, essa região dos Estados Unidos era cheia de pequenas cidades, em geral pacíficos centros de comércio com lojas para abastecer rancheiros e agricultores.
Os saloons, os bares da época, ofereciam bebidas, jogo (dados ou pôquer), mulheres e divertimento. Uma cidade podia ter vários bares, competindo pela freguesia com ofertas de charutos e refeições grátis. Boa parte dos famosos duelos vistos nos filmes ocorria exatamente nos saloons do Velho Oeste, mas eram muito mais raros do que a gente (e Hollywood!) imagina.
Para se ter uma idéia, o ano recordista em duelos foi 1878, quando só no Texas e no Kansas aconteceram 36 confrontos, causando cerca de 50 mortes. Para comparar, apenas no segundo trimestre de 2004 foram assassinadas mais de 2 300 pessoas no estado de São Paulo! “Havia cidades com atividades ligadas a gado e ferrovias que já tinham uma história de violência e atraíam jogadores, vaqueiros, prostitutas, trapaceiros e aventureiros em geral, numa mistura volátil. Mas eram exceção. Apesar disso, chamaram a atenção da mídia e foram glamourizadas”, diz o historiador americano Rick Miller, autor de quatro livros sobre o assunto.
Outra idéia hollywoodiana equivocada é a de pistoleiros se enfrentando em hora e local marcados. Os raros duelos que ocorriam eram no calor de uma discussão e envolviam rivais muito próximos uns dos outros. “O uso de facas era tão comum quanto o de revólveres. E, quando dois pistoleiros se enfrentavam, não importava tanto qual era o mais rápido e sim quem tinha melhor pontaria”, afirma Miller.
Winchester 73
A arma preferida do Velho Oeste era o revólver Colt 45, que tinha o apelido irônico de Peacemaker (“Fazedor da Paz”). Mas, para atingir alvos distantes, usavam-se os rifles de repetição. O mais famoso era o Winchester New Model of 1873, ou Winchester 73 que até virou nome de filme de faroeste. Esse rifle era eficiente até uma distância de 150 metros
Por um punhado de dólares
Como o popular Colt 45 não tinha trava de segurança para evitar disparos acidentais, os pistoleiros inventaram algo curioso. Eles deixavam uma das seis câmaras do tambor da arma sem bala, justamente para evitar acidentes, e ainda enfiavam nela uma nota de 5 dólares enrolada. A nota podia ser usada para pagar o funeral em caso de derrota no duelo…
Matar ou morrer
Acionar o famoso Colt 45 exigia uma técnica especial. Antes de apertar o gatilho, era preciso engatilhar a arma, puxando para trás o “cão” pequena peça acima da coronha. Para ganhar agilidade na hora do duelo de vida ou morte, alguns pistoleiros atiravam acionando direto o cão da arma em vez do gatilho, como aparece em alguns filmes
Os brutos também amam
Os poucos duelos ocorriam em geral por três motivos: mulheres, dívidas ou trapaças no jogo e quase sempre eram estimulados por bebedeiras. Na morte de John Hardin, o motivo do duelo teria sido a discussão por uma mulher. O tiroteio foi num saloon, bar que reunia prostitutas, rodas de pôquer e bebidas enfim, cenário perfeito para duelos
O homem que matou a fancínola
O “último pistoleiro do Oeste” foi morto pelo policial John Selman. O duelo ocorreu em 1895, época em que muitas cidades já tinham forças policiais, diminuindo a importância dos xerifes. Estes viveram seu auge até meados do século 19, quando usavam realmente distintivos em forma de estrela, cuidavam da cadeia local e ainda organizavam julgamentos
O último pistoleiro
Chamado de “o último pistoleiro”, John Wesley Hardin era um matador de pontaria certeira. Ele ficou preso entre 1878 e 1894, tentou se “endireitar”, mas teve uma recaída. Em agosto de 1895, em El Paso, no Texas, após discutir com o policial John Selman, ambos teriam sacado as armas e trocado tiros. O pistoleiro teria morrido atingido na cabeça
Onde começa o inferno
O chamado Velho Oeste era uma ampla área que ficava à esquerda do rio Mississipi e hoje se divide em 22 estados. Texas, Kansas, Novo México, Oklahoma, Califórnia Missouri e Colorado eram os estados onde corriam mais duelos