A origem de Sarian

Informações sobre o cenário de campanha para jogos de fantasia medieval
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brazdias
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A origem de Sarian

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Neste tópico contarei as origens de Sarian e como deu-se a formação dos povos e nações que hoje habitam o planeta-prisão Vallenia. As influências que me ajudaram a compor esse mundo fantástico são muitas, mas posso citar Tolkien e sua Terra-Média, a Era Hyboriana de Conan, a Bíblia, George R.R. Martin e suas tramas sem fim em Crônicas de Gelo e Fogo; e muitos outros mundos, oficiais e inventados por amigos, que já visitei nas mais incontáveis aventuras que vivi através de sessões de RPG.


Na primeira parte (AINDA ESTOU NESSA PARTE) escreverei sobre a formação do mundo e das intrigas que levaram ao fim de diversas raças e sobre o que determinou o surgimento das primeiras civilizações em Vallenia.



Num segundo momento, concentrarei meus esforços na descrição da Lâmina do Machado, continente do mundo de Vallenia cujos habitantes chamam de Sarian, que vai de Krishan ao distante reino insular de Rauze. Muito desse material já está pronto, espalhado por muitos e muitos cadernos rascunhados ao longo de toda minha adolescência, precisando apenas de um pouco de lapidação e adaptação às novas histórias que fui criando com o tempo e sob à luz de novas influências.



Como trata-se de um "mundo novo", compilei alguns termos, fatos e personagens num glossário que pode facilitar o entendimento sobre Vallenia. Você pode consultar esse guia CLICANDO AQUI




E o que mais está por vir?

- Início da Era dos Reis e a civilização de Sarian
- A traição de Urmet
- O fim dos povos da fronteira e o surgimento dos Telbas

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O surgimento de todas as coisas...

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"No início de tudo, antes do tempo e do espaço, do bem e do mal, das raças e nações; havia apenas um mundo, uma morada, uma terra que ficou conhecida como Primo-Reino.”

“Pouco se sabe sobre esse lugar, mas os celestes os descreve como um lugar mítico, iluminado, farto em sua plenitude e onde a paz e a tranquilidade era a regra. Diz a lenda que este reino infinito fora criado pela vontade e poder emanado de um espírito criador, responsável por tudo e por todos. Uma entidade infinita em suas capacidades, também um mosaico de aspectos, sentimentos e energias, resultando na pluralidade de povos que viviam nesta terra. Eram variados, curiosos, inteligentes e evoluídos. Seres que não eram só carne ou alma, eram mais... Eram imortais”

“No Primo-Reino tudo, e aí inclui-se as pessoas, era composto do que chamamos de Glorium. Uma união perfeita de matéria e espírito, unidos por uma energia emanada e doada pelo próprio criador: a Essência. Essa energia divina protegia os moradores do Primo-Reino contra os elementos, contra a fome e a sede, contra o envelhecimento e toda sorte de perigos naturais. Os Primeiros, como ficaram conhecidos, viviam uma vida longa e só podiam ser destruídos por seus iguais”

“O tempo foi generoso com O Reino e as civilizações cresciam e de desenvolviam. Maravilhas tecnológicas, invenções, riquezas inimagináveis. Difícil até descrever a perfeição do lugar, já que nós mortais, estamos limitados ao nosso conhecimento mundano. A sabedoria dos povos dessa terra também era algo invejável e só não era maior que a ambição...”

“Todos sabemos que o poder é algo perigoso e tem sido assim desde o início dos tempos. Em diferentes pontos deste mundo alguns seres desenvolviam secretamente maneiras de alterar a realidade. Usando a energia mística que lhe fora confiada, esses ambiciosos seres usavam de magia para conseguir benefícios e conquistarem mais poder. A perfeição não era suficiente para ele. Queriam tudo dominar, comandar, moldar à sua vontade... Poderes mentais e elementais eram usados para escravizar, para impor vontades, ameaçar... “

“Olemus, o Criador chorou e uma inevitável guerra teve início. Diferentes feiticeiros comandavam seus exércitos particulares contra seus inimigos. Sempre o mesmo objetivo, conquistar mais poder, mas riqueza, mais seguidores, mais adoração. Queriam, cada qual ao seu modo, governar o Reino, lutavam numa guerra sangrenta e avassaladora, que no processo, destruia o mundo perfeito que lhes fora dado.”

“Mesmo sem poderes especiais, alguns seres dessa terra lendária levantaram armas contra seus irmãos malignos e lutaram dignamente em defesa do Primo-Reino e de seus valores, das suas riquezas e por suas vidas que estavam ameaçadas com a guerra dos Feiticeiros. O poder desses últimos era incontestável porém o número de aliados do bem era a maior de todas as forças, o que equilibrou a balança desse conflito e o fez perdurar por 9 eras.”

“Depois de perdas irreparáveis e incontáveis mortes de ambos os lados, o Espírito Criador em sua infinita sabedoria resolveu intervir e dar um fim a esta guerra que já se arrastava por muito tempo. Foi necessário apenas um grito que ecoou por todo Reino e destruiu tudo que era conhecido...”

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A Cisma e os 7 Supremos

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“O Primo-Reino ruiu. As árvores perderam as folhas, as montanhas cairam sobre os vales, os rios transbordaram, as cidades foram engolidas pelos mares e os feiticeiros e aliados do bem desapareceram... a eles fora dada uma nova chance...”

“O Reino foi também dividido em infinitos planos na espiral material... Dizem os sábios que o mundo que vivemos é apenas uma ínfima parte do que a antiga terra era. Na cisão, diversas realidades foram criadas pelo espírito criador, inclusive a nossa....”


“E não foi só o Reino que teve seu fim. Nessa nova realidade não havia mais Glorium... como sabe, nós somos seres de matéria.. carne que pode ser cortada e ferida, frágeis e efêmeros... embora tentemos de todo modo prologar nossa passagem, estamos sujeitos aos rigores do tempo e seus caprichos... Em separado, havia agora também o espírito, o reflexo místico de nossa personalidade e de tudo que nos cerca.... Incontáveis mundos foram criados...e também dimensões elementais, o Sonhar, o Abismo...”

“Ao que parece, foi assim que surgiu Mutis e Lurin, e também os nossos Deuses... A energia emanada de Olemus vagou por todas as realidades e deu origem a entidades de poderes cósmicos.... A terra dos Deuses foi o abrigo para as primeiras divindades do nosso universo..... Os chamados 7 Supremos. Parcelas de poder do Espírito Criador refletidas em nossa realidade.”


“Lurin, a casa dos Deuses, foi por muito tempo o santuário desses poderosos seres e o lugar onde cada Supremo exercia e moldava sua vontade. Krawzon, Xarca, Oagar, Norim, Rules, Yana e Sega viviam em relativa harmonia e ao longo das eras davam forma ao novo mundo onde viviam. Reza a lenda que não há nada mais belo e imponente que o colossal Castelo de Uraur e sua arquitetura..”

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A Grande Luta e a criação de Vallenia

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“No entanto, o destino é traiçoeiro, e até mesmos os Supremos foram surpreendidos... Eví, um dos 9 príncipes do Abismo, cavalgou para Lurin e lutou contra os 7 Supremos. Seguido por suas legiões de seres malignos, o Inimigo e seus generais tinham o intuito de dominar a terra dos Deuses e usar a força divina desses para sobrepujarem todo o cosmo e a espiral material... “

“Os Supremos fugiram para um lugar conhecido como Guadalla, foram perseguidos pelos determinados e destrutivos algozes e finalmente a Grande Luta aconteceu.... Os Supremos, sabedores de seu fim próximo adotaram uma estratégia suicida, mas que funcionou. Esgotando quase toda a sua energia, juntos conseguiram banir Eví e seus asseclas para um dos infinitos planos materiais e o aprisionou-os dentro de uma imensa massa de terra e elementos.. dentro de um planeta que foi criado para abrigar uma das maiores ameaças de todo universo... um planeta chamado Vallenia"

“No dispêndio dessa energia 4 dos Supremos não resistiram e apenas Krawzon, Yana e Rules sobreviveram. Previnidos, criaram os Evandil, arautos e servos fiéis para defenderem Lurin de novas investidas inimigas. Yana apaixonou-se por Krawzon e juntos tiveram 8 filhos, os deuses de nosso panteão: Mypos, Glade, Doolos, Zorgg, Argo, Sian, Zullon e Maedos”

"Vallenia era uma terra promissora, com valentes homens e mulheres de raças tão ou mais inteligentes que as nossas. As civilizações começaram a crescer de novo... no solo, no ar e até sob os mares. Com o toque de todos os divinos nossa terra teve início.. Vallenia, uma nova esperança para nós, descendentes dos antigos habitantes do Primo-Reino.”

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A traição de Rules

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“A energia que baniu e aprisionou Eví e criou Vallenia também banhou o planeta com a Essência e deu origem as 100 raças e às demais formas de vida desse novo mundo... Os deuses agora tinham um novo povo e um novo mundo para cuidar, e resolveram agir antes que o príncipe do Abismo o fizesse...”

“Todo o panteão fez O Juramento e a palavra de todos os deuses juntos não pode ser quebrada... Nesse juramento, decidiram como seria a vida em Vallenia, e todas as provações que os mortais deveriam passar para chegarem à vida eterna. Decidiram que, após a morte, os espíritos dos vallenianos deveriam passar por Mutis, contraparte escura de Lurin, e peregrinar até o Portão Esmeralda, onde prestariam contas à Pegam, o Evandil-Guardião.”

“No Juramento também determinaram que não visitariam os planos materiais, não interveriam pessoalmente nas questões mortais e que dariam presentes valiosos para as 100 raças : inteligência, sabedoria, os elementos, a força marcial, o livre-arbítrio, o amor, a fé, a natureza, a coragem e a sorte.”

“O resto é história... ciumento, vingativo e talvez corrompido pela influência maligna de Eví, Rules traiu seus iguais, emboscou e matou Pegam, jogando seu corpo em Vallenia. Sequestrou Mypos e fugiu para Mutis. Lá fez sua morada e se abasteceria das almas desgarradas e indefesas de nossos mortos... Mypos foi resgatada mais tarde por Krawzon e seus cavaleiros-evandil; no entanto, o Senhor da Morte já sabia o que se seguiria e fez planos para tomar para si todo o poder dos Deuses... havia feito um filho com Mypos.... Koel”

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Os Mestres-Dragões e o plano de Rentaro

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“Após esse infortúnio, os deuses resolveram selar o Portão Esmeralda e aprisionaram Rules em seus próprios domínios. Resolveram por bem criar uma raça de seres poderosos e justos, honrados e imponentes para guiar e proteger os mortais de suas próprias ambições e da influência maligna do Traidor e do Inimigo: os Mestre-Dragões. Era uma raça superior, com poderes inigualáveis, imortais como os Primeiros e portadores de habilidades indescritíveis. Eram grandes e opulentos, fortes, seguros, intimidavam com suas escamas reluzentes, voavam como os pássaros, nadavam como os peixes, falavam como nós...e tinham a magia do seu lado. Canalizavam toda essa energia que tinham dentro de si para realizar verdadeiros milagres, sempre para o benefício de todos”


“Para cada ponto de Vallenia foi enviado um dragão, que agia como regente, líder, conselheiro e defensor. A natureza não ousava tocar os protegidos de uma dessas criaturas, e quando o fazia, sua mágica era suficiente para sanar qualquer problema. Tudo transcorria bem, com conflitos ocasionais em pontos isolados, mediados pelos Dragões e seus servos mais leais. Muitas regiões do nosso mundo ficaram conhecidas pelo nome de seu dragão protetor. Houve uma Mestre-Dragão chamada Sarian, responsável pelas terras das praias paradisíacas de Bezine até as cidades estado de Carfar... Terra de Sarian..."


“Em dado momento da história, em uma cidade dessa época, surgiu um homem que ousou enganar o lorde Dragão de sua região.... Aproveitou-se da única fraqueza desses gigantes poderosos, sua honra."

"Os mais antigos contam que os Dragões não podiam voltar atrás na palavra concedida. Símbolos da honra e da justiça eram impedidos pelos Deuses de descumprirem suas promessas e foi assim que Rentaro enganou o dragão Fortinges... Rentaro era um homem bom, da quarta geração de povos dessa Era Perdida e liderava seu povo que vivia sob as sombras do Vale Jenfara. Era um povoado misto, com diversas raças e culturas e sempre era visitado por Fortinges, o mestre-Dragão Azul"

“Rentaro ficava maravilhado com os poderes do dragão, da maneira como ele mudava o clima de regiões inteiras, de como fazia as plantações brotarem e de como conseguia inspirar e falar com todas as raças... admirava sua generosidade e ao mesmo tempo com o rigor do Mestre-Dragão, com a sabedoria e com o senso de justiça daquela criatura imortal.... Rentaro queria ser como Fortinges e para isso pensou num plano mirabolante.”

“Numa das visitas ocasionais de Fortinges, o lider do povoado desafiou-o para um jogo de azar, Omar, um jogo de tabuleiro complexo que aprendera com os Fisthos, uma das 100 raças.. Se ganhasse queria que o Dragão lhe ensinasse a magia que tanto ambicionava. Se perdesse, prometera dispor de todas as riquezas de sua família... Nada daquilo interessava o grande dragão, que só aceitou o desafio após muita insistência do mortal e por sua lábia, que insinuava medo por parte do Mestre-Dragão.”


“O desafio seria nos termos de Rentaro. A cada visita, Fortinges e ele teriam direito a uma jogada, e concordaram que em caso de empate, a vitória seria do mortal. Uma leve vantagem para aquele que em tese possuia menos inteligência e poder.”


“O fato é que Rentaro, depois de 36 jogadas, ao longo de 7 anos conseguiu sobrepujar a inteligência de Fortinges e vencera o desafio com esperteza. A verdade é que propusera o mesmo desafio para outro Mestre-Dragão, Almingo, o dragão de Ambar, e contra cada oponente, usava os movimentos do outro. Na realidade , fez com que os Mestres-Dragões se enfrentassem no jogo sem saber, e com capacidades equivalentes conseguira um empate na partida.”

“No final das contas, Rentaro ganhara o direito de exigir o pagamento da promessa de dois Mestre-Dragões, e isso não era pouca coisa. Estes mal podiam acreditar no que havia acontecido mas não tiveram como escapar de suas promessas e então, começaram a ensiná-lo como usar sua Essência para moldar a realidade. Ensinou-lhe o idioma proibido dos dragões e como realizar feitos miraculosos com magia verdadeira....”

“O avanço de Rentaro foi notável. Absorvia cada conhecimento adquirido de seus mestres e praticava até a exaustão. Tornara-se um verdadeiro obsecado por tudo que é místico e resolvera passar seus conhecimentos para seus 4 filhos. Quando morrera, seus filhos já eram experientes nas artes arcanas e cada qual constituiu sua famíla e viveu suas vidas. O início da magia em Vallenia deu-se por sua descendência e ao longo dos séculos o conhecimento que fora obtido com Fortinges e Almingo foi espalhado pelos continentes...”

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Pérfidos

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“À espreita, as forças do Abismo aguardavam o momento certo de ressurgir. Eví, enfraquecido numa forma material e aprisionado no centro de Vallenia planejava seu retorno triunfante, quando poderia enfim, revidar sua derrota para os Supremos. Em dado momento, seu plano teve início....”

“Nessa época, alguns celestes descobriram que ao invés de usar apenas sua própria Essência, a energia criadora dos deuses que lhe dava vida... seus poderes poderiam ser ampliados se usassem também a energia abissal que emanava do centro do planeta. Essa nova força mística era uma energia misteriosa e desconhecida dos mortais, mas emanava dos seres do Abismo ali aprisionados.... Os magos não sabiam disso e a cada vez que usavam seus feitiços dessa maneira fortaleciam o príncipe aprisionado e caminhavam em direção às trevas e à loucura. ”

“A corrupção de Eví se espalhava rapidamente. Muitos magos, corrompidos pelo força maligna, muitas vezes enlouquecidos e inconsequentes buscavam mais e mais poder. Apesar de manterem-se nas sombras, em dado momento, os Magos Pérfidos, como ficaram conhecidos, resolveram atacar os Mestres-Dragões. Esses seres fantásticos eram a personificação de todo poder que eles desejavam e seus espíritos fortaleceriam seus poderes sobremaneira.”

"Os Pérfidos eram uma ameaça, já que além de terrivelmente poderosos e maculados pelo Inimigo, possuiam a única arma capaz de derrotar os Dragões Imortais: magia..”

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Shangmar e os Kalidach

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"Shangmar era um desses Pérfidos e começou a escravizar os Xandianos, raça de homens-lagarto que viviam próximos da Floresta da Noite Mais Densa, região onde hoje encontramos o reino de Parma. O feiticeiro maligno planejava reunir uma tropa grande o suficiente para atacar a cidade de Itos-Ramar, formada basicamente por Humanos, Pontramos e Gárgios, sua própria raça. O interesse estratégico era justamente pelo fato desse povo conhecer metalurgia, o que dava a Shangmar uma grande vantagem contra seus futuros alvos."

"Pegos de surpresa, o povo de Itos-Ramar não resistiu e lá o líder pérfido construiu sua fortaleza. Além disso nomeou 5 de seus melhores aprendizes como generais de suas tropas, seres que ficaram logo conhecidos como Comendadores Sombrios."

“Lexubank, o Mestre-Dragão de Cristal era o guardião daquela área e foi o primeiro atacado. Quando soube das investidas de Shangmar e seus asseclas, reuniu uma tropa de Minotauros e Burdos para revidar e foi atraido traiçoeiramente para uma emboscada."

"Shangmar estava preparado. Através de rituais sinistros convocara uma horda de Elementais da Escuridão que somaram-se às tropas de guerreiros escravos e venceram o exército de Lexubank. Então o Pérfido e seus Comendadores Sombrios usaram de magia abissal para neutralizarem e derrotarem o dragão. Quando a grande fera caiu morta, vítima dos poderes abissais de Shangmar, chuvas torrenciais cairam sobre Vallenia por 4 dias... Era a natureza reagindo aquela perda inesperada... Todos os outros Mestres-Dragões souberam imediatamente o que havia acontecido... Algo precisava ser feito...”

"Com a energia absorvida com a morte do Dragão de Cristal, Shangmar forjou suas armas mais poderosas: os Kalidach. Cetros prateados e ornados com uma jóia translúcida, carregada e abastecida com a energia mística de Lexubank, com a energia abissal das profundezas de Vallenia e da própria Essência de seu criador. Artefatos poderosos, capazes de dominar a mente e a vontade de qualquer Mestre-Dragão."

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O mal se espalha

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"Deu-se o início de tempos de decadência... Os Comendadores Sombrios e seus exércitos se espalharam por todas as terras, escravizando, pilhando, conquistando e matando... Marcharam para o sul, seguindo pelos Ermos Sem Fim, atravessaram os mares e chegaram no que hoje chamamos de Krishan... Ganharam espaço nas terras ao leste e dominaram os povos guerreiros de Prevânia."

"Raças inteiras foram dizimadas pelo caminho. Gword e Fortinges, os dragões de bronze e azul foram dominados e usados como máquinas de guerra pelas forças sinistras de Shangmar e seus generais. Amedrontados, os Ursinus juntaram-se às fileiras malignas voluntariamente, numa tentativa desesperada de sobrevivência. As tribos e cidades de diversas raças já se espalhavam em lugares remotos de Vallenia em busca de segurança; o Povo-da-floresta, que era o mais numeroso no início das 100 raças já quase havia sumido do planeta. Os Pérfidos ganhavam cada vez mais poder e eram cada vez mais corrompidos pela energia abissal que os consumiam. Era o começo de um tempo de escravidão e sofrimento".

"No distante sul, naquela mesma época, formava-se o primeiro reino de que se tem notícia, Tudória. Era uma região de cidades formada pelos povos Lenires e Endorianos, raças que se isolaram do conflito que ocorria mais ao norte e resolveram se fortificar com a ajuda do dragão dourado Wertorm."

"No submerso dos oceanos, Gonverdulos e Tritões viviam em harmonia e desconheciam o que acontecia na superfície. Os Wanturos, que viviam às margens do Rio da Espada acolheram os Gnomos fugitivos que refugiavam-se dos ataques de Kineles, o principal Comendador Sombrio, feiticeiro e guerreiro-chefe das tropas de Shangmar".

"A primeira vitória significativa dos povos do bem veio somente anos depois. Ajudados por Humanos, Nelianos, Vantaris e Fisthos, Sarian e Syonslyn, Mestres-Dragões Verde e Vermelho derrotaram e mataram Gword e um dos Comendadores Sombrios, num combate épico cujo palco foi o planalto lexuffiano.... Ursinus e muitos servos do mal morreram nessa batalha, no entanto aquilo ainda não era o bastante... as tropas de Shangmar ainda avançavam e precisavam serem contidas... "

"Em outro local, Fortinges e as tropas de Goblinídeos arrasaram a região defendida por Vidhar e seus protegidos. Na ocasião, o Mestre-Dragão de Pérola foi dominado e somou-se às fileiras pérfidas. Não muito depois Bravus, Dragão Negro, também foi dominado pelo poder do Kalidach e ordenado por Kineles, matara seu irmão Almingo. Ficava claro que os dragões não podiam se envolver pessoalmente nesse embate."

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Herança dos Dragões

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"A situação demandava medidas críticas e foi numa última tentativa de virar o jogo, os Mestres-Dragões ainda livres reuniram-se em um local isolado, desconhecido pelos historiadores e menestréis; e com ajuda dos Concilianos, forjaram 6 Espadas da Virtude, armas embuídas do poder puro daquelas criaturas emanado dos Deuses de Lurin, artefatos únicos que concedia habilidades sobre-humanas aos seus portadores, instrumentos que viriam a serem chamados de Herança dos Dragões."

"Fracos com o dispêndio de toda essa energia, Syonslyn, Sarian, Faladine, Uthenko, Farmil e Wertorm resolveram se refugiar, mas antes confiaram cada uma das Espadas da Virtude aos líderes rebeldes que ainda se opunham ao domínio nefasto dos feiticeiros pérfidos. Um neliano guerreiro, um Minotauro, dois humanos, um Burdo feiticeiro e um Lenir renegado formaram a Companhia dos Campeões, que tinha como objetivo derrotar os Comendadores Sombrios e destruirem os Kalidach. Para tanto, também precisariam vencer Shangmar e destruir o seu artefato maligno. Quando essa demanda estivesse completa, os Mestres-Dragões poderiam voltar e enfrentariam seus oponentes para salvação do povo de Vallenia."

"Os anos que se seguiram foram os piores possíveis. Sem a proteção dos dragões, as hordas sombrias expandiam o domínio. A única resistência estava nos pequenos exércitos formados pelos guerreiros das raças que teimavam em sobreviver, e em alguns magos que não se deixaram levar pela sedução e pelo poder das forças abissais. Com cada vez mais força, os ataques malignos destruiam cidades inteiras, raças, povoados por toda Vallenia.. e toda essa destruição tinha um objetivo... a libertação de Eví."

"Nessa época a supremacia humana começou a ficar evidente. De todas as raças era a que melhor se adaptara as mudanças, vivia em qualquer ambiente e conseguia manter a população crescendo, a despeito de todas as lutas, das dificuldades e do risco de extinsão presente em todos os momentos. Alguns povoados se isolaram em regiões montanhosas tentando se esconder... outras tribos se espalharam e vagavam pelo mundo fugindo das áreas mais belicosas..."

"Os Doverinos, que também eram numerosos, passaram, em sua maioria, a viverem em locais selvagens, juntos aos animais. Muitos deles haviam sido mortos por Bravus e o exército de Vantaris corrompidos pela força abissal cada vez mais forte em Vallenia."

"Enquanto isso, a Companhia dos Campeões seguia em sua missão, caçando os Comendadores Sombrios e destruindo os Kalidach. As espadas eram realmente formidáveis e poderosas. Mas o exército inimigo era numeroso, perigoso e maligno. Por muitas vezes os guerreiros quase pereceram frente ao poderio inimigo, contudo, pouco a pouco conseguiaram exterminar seus oponentes. Formaram pequenos exércitos, invadiram domínios e fortalezas dos pérfidos, capturaram capitães das forças inimigas, e ao longo dos anos foram minando a liderança dos sombrios."

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Shangmar morre e Kineles assume o poder

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"Shangmar morrera antes de ver seu objetivo alcançado. A corrupção de Eví cobrara seu preço e o corpo do pérfido não aguentara as deformações..."

"Kineles assumira seu lugar na liderança das tropas malignas que já dominavam a maior parte de Vallenia. A notícia da morte de seu antigo líder demorou a se espalhar. O Bizarro, como era conhecido, continuou sua saga de destruição; Bravus e Vidhar haviam acabado com os povoados Merduros e com vilas humanas intereiras próximas do templo de Éjio. Ali perto, a Companhia dos Campeões lutava para sobreviver dos ataques inimigos e procurava por Zaira, uma celeste cujos boatos diziam ser tão poderosa quanto Shangmar"

"Os heróis haviam recebido notícias que Kineles reunia suas forças para um ataque concentrado ao isolado reino de Tudória, onde acreditava que estivessem escondidos os últimos 6 Mestres-Dragões. O fato era que estavam a muitos dias de viagem e não chegariam a tempo de participar do confronto, e com isso, possivelmente as forças malignas de Kineles venceriam o embate. Para conter essa investida, a Companhia precisaria de ajuda de Zaíra, que segundo os boatos, seria capaz de transportá-los até Tudória."

"Zaira era de fato uma feiticeira extraordinária. Era descendente de quadragésima segunda geração de Rentaro e havia mantido consigo as tradições da magia draconiana. Nos últimos meses havia resistido aos ataques dos aliados de Shangmar e Kineles, derrotara temporariamente um dos Comendadores Sombrios e tinha seu próprio séquito de guerreiros. Quando os heróis a encontraram, ela liderava um grande grupo em fuga para a Cordilheira Dentada. Diante dos últimos ataques inimigos, a Cordilheira era justamente o local mais seguro."


"Os heróis convenceram-na a ajudar. Usando seus rituais mágicos, guiou os Campeões por uma Ponte Dourada... uma portal místico que atravessava infinitas dimensões e que funcinava como uma passagem, ligando a Cordilheira Dentada ao remoto reino numa fração de tempo."


"Conseguiram chegar antes dos inimigos e organizaram uma defesa que foi capaz de não só conter o ataque dos pérfidos e seus seguidores, bem como aprisionar 2 Comendadores Sombrios e destruir seus Kalidach. Nesse combate Fortinges foi bastante ferido, o que obrigou-o a fugir, diminuindo o poderio das forças malignas."

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A queda de Kineles e o retorno dos Mestres-Dragões

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"A derrota em Tudória comprometera a força de ataque de Kineles, que viu-se cercado por inimigos por todos os lados. A essa altura, só restava ele e mais um Comendador Sombrio livre, o pérfido humano chamado Fenthos."

"Assim, as forças malignas recuaram em direção ao oeste e deram tempo à Campanhia dos Campeões reorganizarem também as suas tropas. Para selar a união dos povos, Zaíra casou-se com o Rei Cassard da Tudória, endoriano, e tornou-se a primeira rainha de toda Vallenia. Era um fiapo de esperança após tempos deveras conturbados e cinzentos."

"Mais oito anos foram necessários para por fim à Kineles e seus seguidores. Nesse tempo, Daruma, o portador da Espada da Virtude Corte Profundo foi morto em combate contra Fenthos, e sua arma foi herdada por seu filho, Okkar, que também tomou seu lugar na Companhia dos Campeões. Rei Cassard, já com idade avançada, morreu dormindo e não deixou herdeiros, já que ele e sua rainha eram de raças diferentes. Além disso, muitos dos povos que ficaram entre os heróis e os malignos pérfidos simplesmente foram dizimados...."

"No fim, Kineles e seus dragões foram cercados na Fortaleza de Itos-Ramar e deu-se o embate final. Fenthos convocara uma legião de gárgulas para defendê-los, Ursinus e humanos corrompidos também compunham as forças malignas, além de elementais, espíritos negros e sombras de Mutis, goblinídeos e toda sorte de criaturas."

"Mushir foi morto por Vidhar e teve seu corpo partido ao meio. Eghard e sua espada Gume Ligeiro cortaram mais de 100 inimigos antes de cair morto no Grande Salão da Fortaleza. Fenthos tentara fugir, mas Okkar vingara seu pai, decaptando-o. Fortinges e Vidhar eram de fato o maior obstáculo a ser enfrentado, mas somente até Urmet, o minotauro portador da espada Lâmina Eterna, cravá-la na barriga de Kineles, e em seguida, destruir o último Kalidach"


"Nesse instante, inesperados e majestosos, os 6 últimos Mestres-Dragões ressurgiram. Livres da ameaça dos Kalidach, retornaram ao campo de batalha e confrontaram as forças do mal, juntamente com a Companhia dos Campeões e seus exércitos. Syonslyn queimou incontáveis hordas de goblinídeos e feiticeiros pérfidos. A tropa de elite de Tudória ajudou Uthenko a derrotar os Ogros e seus comandados. Vidhar matou Faladine, mas pereceu diante dos ataques de Aron e Wertorm. Por fim, Fortinges caiu, mas antes levou Sarian e Farmil consigo... Ao perceber o fim que se aproximava e numa tentativa desesperada por sobreviver, Bravus começou a atacar as estruturas da Fortaleza dos Sussurros, obrigando o exército a fugir para não ser soterrado.. ameaçou uma fuga mas foi derrotado e morto por Wertorm, que também não resistiu aos ferimentos do combate....."


"Após a luta, num último ato de bravura, Uthenko usou suas últimas energias para curar Aron, que fora mortalmente ferido em combate.... o Mestre-Dragão Branco cedeu sua essência para o portador da espada Oráculo de Aço, e deu fim a sua própria existência..."


"Esse dia ficou conhecido como a Batalha dos Dragões"

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O fim da Companhia dos Campeões

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"Após o fim da Batalha dos Dragões, a Companhia dos Campeões se dividiu. Tinham a missão de espalhar a notícia da vitória e lutar contra os inimigos restantes. A liderança maligna estava vencida, mas todo horror e criaturas vis por ela convocada ainda estava a solta por toda Vallenia."


"Como último dos Mestres-Dragões, Syonslyn percebeu que sua missão em Vallenia estava cumprida e que seria um perigo grande demais se ficasse por perto. Preferiu a reclusão, mas antes conduziu Lionel e Janysa, filhos de Eghard, até o extremo noroeste, onde estes fixaram morada na Lâmina do Machado, confiados à Congregação Primeira dos Bons Homens"


"Okkar seguiu para as terras selvagens a fim de liderar seu povo contra os pérfidos remanescentes e começar um novo tempo de paz"


"Benyr voltou para sua terra natal e ajudou na reconstrução da cidade velha de Orís. Urmet permaneceu em Itos-Ramar e usou o castro destruído como o início de uma nova civilização."

"Aron, o Branco, voltara a Tudória e tomara a Rainha Zaíra como sua esposa. Ela ainda era jovem e ele um guerreiro experiente e respeitado pelo povo. Juntos assumiram o sobrenome de Dilkamar (da velha lingua dracônica, Dilkart Milhabamar, Alma de Dragão), um velho costume gnomo, até então não usado por humanos. Começava assim a dinastia que reinaria sobre estas distantes terras por mais de 2.000 anos"

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A Expansão na Lâmina do Machado

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"Os anos que se seguiram foram tempos de reconstrução. O Povo da Fronteira, que vivia ao norte da Cordilheira Dentada, junto com poucos remanescentes xandrianos e os humanos de cabelos loiros formavam as primeiras civilizações na região."

"Com o intuito de preservar os conhecimentos e garantir a manutenção da ordem nas novas vilas que se formavam, homens de fé reuniam-se em congregações religiosas que tinham como objetivo proteger a comunidade, o conhecimento e religiosidade do povo. A primeira dessas primeiras instituições foi justamente a Congregação Primeira dos Bons Homens, que acolheu os filhos de Eghard como protegidos."

"As vilas se espalhavam com rapidez e a medida que expandiam para o norte, encontravam-se com outros povos vindo do ocidente, como os Tuzzanos e as aldeias Doverinas, próximas à região do Rio Escurecido. Intolerantes com outras raças, por diversas vezes os Doverinos tentaram repelir o avanço dessas comunidades Kri-Ashan, cabelos de Sol no idioma antigo do Povo da Fronteira."

"Passado algum tempo, e devido à relativa paz na região, o surto populacional obrigou com que fossem organizadas expedições desbravadoras para ainda mais ao norte e para o oeste, a fim de descobrir novas regiões habitáveis, capazes de acolher todo o povo. A essas expedições deu-se o nome de Ludas, compostas por homens de armas, artesãos, fazendeiros, camponeses, mulheres, crianças, e toda sorte de pessoas que ambicionavam melhores condições de vida e saiam em busca de novas esperanças."

"Também nessas Ludas eram enviados homens da Congregação Primeira, com o intuito de instruir o grupo com seus conhecimentos e preservar a fé e o culto aos deuses Sarianos. Esses homens eram chamados de Epandares e ao longo do caminho, junto com outros fieis, iam montando novas congregações e ampliando o alcance do culto religioso. Era a semente do que viria a ser, muitos anos à frente, o culto da Fé Verdadeira"

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Os primeiros Lordes e os Bários do deserto

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"Vencendo o terreno e ganhando espaço por entre as florestas, a comunidade antes alocada sob a Cordilheira Dentada, ia aos poucos ampliando o seu alcance. Depois de avançarem por um tempo, era comum que os Mestres de Luda, homens que chefiavam essas expedições, tomassem para si terras produtivas e instalasse ali suas famílias e as daqueles que estivessem dispostos a desenvolver a área com ele. Esses homens ficaram conhecidos como Lurdos e o tempo e a língua dos homens encarregaram-se de transformarem esse termo em Lorde."

"Era o início da divisão da sociedade e o embrião do povo que logo formaria o reino de Krishan."


* A origem e o desenvolvimento de Krishan são explicados em tópico próprio. Para vê-lo, CLIQUE AQUI


"Nessa mesma época, na árida região do Deserto Sem Fim, existia um povo que nunca fora afugentado pelos pérfidos de Shangmar e seus seguidores. Era um povo guerreiro, organizado em muitos clãs e que viviam nos poucos oásis que se tem notícia nessa região. Os membros desses clãs se autodenominavam Bários, eram orgulhosos de sua arte, de sua habilidade em combate e de suas mulheres de pele bronzeada pelo sol escaldante. Cultuavam as forças da natureza e prestavam sacrifícios animais para trazer boa sorte nos combates e na caça."

"A tradição dos Bários defendia que, quando um líder de clã derrotasse outro líder, os homens do clã perdedor, em nome da honra, deveriam passar a seguir e obedecer o guerreiro vencedor. Era sim uma liderança frágil, já que a qualquer momento qualquer guerreiro poderia desafiar a força de seu líder, e tornar-se o novo chefe do clã. Ainda assim, haviam bravos e valorosos guerreiros que conseguiam manter sob sua liderança milhares de homens de armas."

"No tempo em que as Ludas avançavam para todas as direções e que ao norte, o primeiro Sumo-Kalir unificava os povos de Fonin, houve um homem que liderou um clã com mais de 50.000 bários... homens belicosos dispostos a conquistar as regiões mais distantes e ampliar os domínios de seu povo. Este era Poklar, rei de Obaros, o reino dos Bários."


* A origem e o desenvolvimento de Obaros são explicados em tópico próprio. Para vê-lo, CLIQUE AQUI

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O centro da Lâmina e o ataque dos Iorinos

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"O centro da Lâmina do Machado foi no passado basicamente povoado pelos Helishanos e pelos Doverinos. Muitos desses povos foram escravizados pelos servos malignos de Shangmar e depois, de Kineles, no período que antecedeu a Batalha dos Dragões."

"Com o fim dos Comendadores Sombrios, os exércitos de criaturas corrompidas foi se enfraquecendo e os humanos e gnomos da região começaram a retomada das terras. Algumas aldeias que resistiam a muitos anos às investidas de Kineles e seus dragões começaram a disputar pelo domínio das áreas fluviais próximas ao Monte Lexuff. Nesse tempo os Helishanos já eram uma minoria e os Doverinos brigavam entre si pela supremacia das regiões que controlavam."

"Com isso as outras raças tomaram a maior parte do território, espalhando-se com rapidez, gnomos ao sul e humanos ao norte. Surgiam cidades, aldeias, vilas... no entanto, o número crescente de famílas demandava cada vez mais terras para reclamar. A paz entre esses povos era frágil e muitas vezes mantida a custa de muita diplomacia e conversa de seus líderes."

"Os povos se uniram pela primeira vez contra uma ameaça externa, unificando um pequeno exército de homens para marcharem de encontra aos Iorinos que atacavam vindos do oeste."






* A origem e o desenvolvimento de Lexuff são explicados em tópico próprio. Para vê-lo, CLIQUE AQUI

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A região sagrada do oeste

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"Desde os tempos da Era Perdida a região da Costa do Oeste sempre fora considerada sagrada. Foi ali, que segundo as lendas, 9 profetas antigos jejuaram rogando aos deuses iluminação para seu povo, e então, após ponderarem sobre o sacrifício, os divinos enviaram Dantrel, o evandil também conhecido como Mil Faces, que ditou-lhes o Égroto, o livro sagrado da Igreja de Gana".

"Também por essa característica sempre fora uma área de grandes disputas, não só pelo aspecto religioso, mas também pelo interesse financeiro. Ao longo do Rio Branco, muitas eram as jazidas de Olho-de-Fada nessa época, o que atraia a atenção de pessoas ambiciosas e por vezes, violentas."

"Os primeiros senhores dessas terras eram minotauros, mas muitos marcharam contras as tropas de pérfidos nos décadas que antecederam a Era dos Reis. Com isso, gnomos, zerdanos e humanos disputavam as áreas e montavam povoados nas regiões férteis e promissoras."


"Mais para o lado do mar, os pequeninos gnomos foram pioneiros na exploração da navegação por ali, e realizavam o comércio com todas as comunidades litorâneas. Isso desenvolveu as aldeias, que nesta época viviam de forma independente."

"As pequenas aldeias se tornavam vilas, vilas em pequenas cidades, cidades em metrópoles. Bem no meio da Costa Oeste estava lá a cidade de Nergossi, imenso entreposto comercial, no vértice de várias estradas importantes que se abriram e com o maior porto que a Era dos Reis conheceu. O comércio era intenso e a riqueza começou a atrair olhos ambiciosos."

"Era o início do chamado reino que ficou conhecido como Fardiel"


* A origem e o desenvolvimento de Fardiel são explicados em tópico próprio. Para vê-lo, CLIQUE AQUI

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O primeiro reino da Era dos Reis

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Bem acima da área ocupada pelos Bários, e logo à direita do centro da Lâmina do Machado, havia uma região que era habitada por nômades vindos do leste, e que se fixaram nas proximidades do Rio Negro e do Lago da Esperança, por serem áreas de solo fértil e propício à plantação de vários gêneros.

Inicialmente esses nômades formaram 3 tribos principais: os Suarigos (violentos e mais fortes, viviam mais ao sul, destacados dos demais grupos), os Foninos (grupo em maior quantidade, que mesclava humanos e nelianos, viviam na foz do Rio Negro) e os Berancos (tribo que vivia às margens do Lago da Esperança). Basicamente a estrutura dessas tribos eram bem parecidas, já que provavelmente no passado, antes das lutas contra os pérfidos e os dias negros da Era Perdida, formavam um único povo.

Ainda assim, o conflito entre essas tribos era frequente, principalmente no verão, quando uma boa parte do Rio Negro secava e com isso os animais buscavam refúgio mais ao norte, próximo do mar, justamente onde viviam os Berancos e Foninos. Além de lutas entre si, os nativos combatiam os Albarezes, bárbaros vindos das terras à oeste.

Com o tempo, a mistura de todos esses povos deu origem ao primeiro Reino da Lâmina do Machado. Em 251 da Era dos Reis, Sernno foi coroado Sumo-Kalir do recém-formado Reino de Fonin.


* A origem e o desenvolvimento de Fonin, reino que deu origem à Sumétria, são explicados em tópico próprio. Para vê-lo, CLIQUE AQUI

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O nascimento das 6 crianças

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"No planalto ambiano muitas famílias vagavam em busca de abrigo contra a sede de sangue dos selvagens jamarianos que viviam mais para o oriente. O povo era cada vez mais empurrado para o oeste e para cima, conforme os homens-sem-regras(como também eram chamados os selvagens) avançavam em busca de mais terras, escravos, ouro e comida em abundância."

"No meio desse caos, uma mulher cujo nome já foi esquecido pela história deu a luz, de uma só vez, a 6 crianças, e contra todas as previsões, todas sobreviveram. O fato foi visto como um sinal de sorte e entendido pelo povo como um aviso divino para lutar por aquela terra. Era a motivação que aqueles homens precisavam para enfrentar as forças jamarianas."


continuar....





* A origem e o desenvolvimento de Annber são explicados em tópico próprio. Para vê-lo, CLIQUE AQUI

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